O nome Kron Gracie, um dos maiores especialistas em jiu-jítsu do mundo, voltou a agitar o cenário do MMA – mas desta vez fora do octógono. Após sua saída do UFC em 2023, Kron não poupou críticas à forma como a luta agarrada (grappling) tem sido percebida e valorizada nas artes marciais mistas hoje. Para ele, o solo não recebe a atenção justa na pontuação e na popularidade do esporte, algo que vai contra a essência que sua família, os Gracie, sempre defendeu com tanta paixão. Se você é fã de luta e gosta de ver a técnica brilhar, fica ligado no que Kron tem a dizer.
Quem é Kron Gracie e o que ele falou
Kron Stavik Gracie é filho do lendário Rickson Gracie e neto do cofundador do jiu-jítsu brasileiro, Hélio Gracie. Dono de um título mundial do ADCC (2013), o maior evento de grappling, Kron chegou ao MMA com uma proposta pura e dedicada ao jiu-jítsu de alto nível. Após uma sequência dura no UFC, que culminou em sua saída em 2023, ele deu a sua visão contundente sobre o motivo pelo qual o grappling parece ser menos valorizado atualmente.
Segundo Kron, o circuito oficial do MMA peca ao dar muito mais peso para o dano causado por golpes em pé do que para o domínio e as tentativas de finalização no chão. Ele acredita que a essência do jiu-jítsu, que é controlar e finalizar o adversário com técnica e paciência, está sendo deixada de lado – principalmente em lutas onde o público e os juízes preferem ações mais explosivas e visuais.
Por que Kron Gracie critica o MMA moderno?
O desafio do jiu-jítsu no MMA atual
Kron aponta que, no MMA moderno, a luta agarrada enfrenta vários obstáculos para ser vista como protagonista. Os lutadores focam em um jogo completo que une wrestling, striking e uma defesa sólida contra quedas. Diante disso, finalizações puras de jiu-jítsu ficam mais raras e, muitas vezes, menos reconhecidas.
Ele também critica a maneira como os árbitros e juízes pontuam as lutas. A regra do “damage” – que valoriza golpes contundentes – pode prejudicar quem tem um estilo de luta mais técnico, baseado em controle e pressão no solo. Para Kron, isso tira o brilho do grappling e reduz seu destaque nos principais eventos.
A preferência do público e dos promotores
Outro ponto levantado é a preferência do público por nocautes e trocas de golpes em pé, que são consideradas mais emocionantes e rápidas. Para os promotores, isso significa priorizar lutas mais dinâmicas em pé e apostar em lutadores que entreguem um show imediato. Assim, a luta agarrada acaba ficando em segundo plano.
A influência das regras e a evolução do esporte
Kron também ressalta que as Regras Unificadas do MMA, apesar de equilibradas, deram um passo que, na prática, pode diminuir a eficácia do jiu-jítsu puro. O equilíbrio entre os estilos é essencial, mas ele acredita que a essência do grappling como principal arma de finalização está se perdendo.
O que vem para Kron Gracie após o UFC?
Apesar das críticas, Kron não abandonou o MMA. O lutador já confirmou retorno para dezembro de 2025, agora na Victory Fighting League (VFL), onde irá disputar um cinturão. Esse retorno mostra que ele não pretende deixar o MMA, mas que também quer mostrar que o jiu-jítsu pode brilhar dentro do cage, mesmo que as regras e o público desafiem esse estilo.
A expectativa agora é ver como Kron adapta sua técnica e se a sua visão crítica pode influenciar futuros ajustes no esporte ou até inspirar outros atletas que valorizam o grappling puro.
Conclusão
A saída do UFC reacendeu um debate que está vivo há anos: a verdadeira importância da luta agarrada dentro do MMA. Kron Gracie, um dos maiores nomes do jiu-jítsu, não se conforma com a menor visibilidade do grappling e lança um alerta para fãs, árbitros e promotores. Se você curte uma luta técnica, essa discussão é muito importante para o futuro do esporte.
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