Kron Gracie, um dos maiores nomes do jiu-jitsu mundial e ex-lutador do UFC, abriu o jogo sobre sua recente saída da organização e aproveitou para criticar a forma como o grappling é encarado no MMA. Para Kron, o esporte tem subestimado o valor da luta agarrada, que é a principal base do jiu-jitsu e um elemento decisivo dentro do octógono.
O brasileiro, filho do lendário Rickson Gracie, deixou o Ultimate após uma sequência de resultados que não corresponderam às expectativas da companhia. Agora, ele fala abertamente sobre como o grappling tem sido desvalorizado por muitos fãs e profissionais, que não compreendem a importância desse aspecto para o sucesso no MMA — sobretudo para quem quer dominar a luta e controlar o adversário.
Kron pontuou que, apesar das técnicas de chão serem fundamentais, o público e até mesmo alguns meios de comunicação priorizam golpes de pé e nocautes, em detrimento das estratégias em solo. Ele acredita que essa visão reduz o entendimento sobre o jogo de grappling e prejudica o crescimento do esporte como um todo.
Quem é Kron Gracie?
Kron Gracie é uma figura icônica no mundo das artes marciais. Campeão mundial de jiu-jitsu, ele é conhecido por sua técnica refinada e linhagem direta da família Gracie, que revolucionou o MMA. Sua passagem pelo UFC chamou atenção, principalmente pelo estilo agressivo e variedade nos ataques de solo.
Apesar disso, sua trajetória dentro da maior liga do MMA não foi longa. Kron deixou o UFC em 2025, decisão que o levou a refletir sobre o posicionamento da luta agarrada no cenário geral das artes marciais mistas.
O que Kron Gracie diz sobre grappling e MMA?
Kron é direto: a luta agarrada não recebe o crédito merecido. Segundo ele, o grappling é a essência do MMA moderno, pois controlar o adversário no chão pode definir uma luta tanto quanto um golpe de nocaute — isso sem mencionar a importância para preservar energia e ditar o ritmo.
Ele destaca que a visão limitada do público, que valoriza mais ações explosivas e nocautes, faz com que muitos lutadores se afastem do jogo de chão — mesmo sabendo que dominar essa parte do combate traz vantagens táticas claras. Para Kron, essa mentalidade pode ser um erro grave no desenvolvimento do esporte.
Além disso, ele enfatiza que o jiu-jitsu ajuda a evitar lesões e prolonga a carreira dos lutadores por manter o domínio técnico em várias situações, evitando confrontos desnecessariamente perigosos.
O impacto dessa visão no MMA atual
Essa subestimação do grappling não afeta só Kron, mas diversos atletas que carregam o jiu-jitsu como base. Na prática, muitos lutadores buscam apenas nocautear ou golpear para convencer juízes e plateias, deixando de lado uma estratégia eficaz para controlar e vencer o combate.
No UFC, que atrai milhões de fãs e detém enorme influência na construção da cultura do MMA, essa preferência por nocautes e lutas em pé cria um ciclo vicioso. Lutadores treinam pesado para impressionar com finalizações rápidas, enquanto o jogo estratégico no solo perde espaço e reconhecimento.
Considerações finais
Kron Gracie está certo em provocar essa discussão. Seu alerta é claro: o MMA precisa valorizar mais a luta agarrada, que vai além de simples técnicas — é a alma do esporte que originou tudo aquilo que vemos no octógono.
Aqui no seu site de combate, lutasmma.com, vamos continuar acompanhando essa conversa que promete impactar o futuro do MMA. Queremos ver o esporte crescendo com equilíbrio e respeito a todas as artes que o compõem.
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